quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...
Vinicius de Moraes

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode curar dores emocionais, Descobre que se leva anos para construir uma confiança, e apenas segundos para destruí-la.Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa... por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém... Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!
William Shakespeare
Há certas horas, em que não precisamos de um Amor...
Não precisamos da paixão desmedida...
Não queremos beijo na boca...
E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama...

Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado...
Sem nada dizer...

Há certas horas, quando sentimos que estamos pra chorar, que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente, a brincar com a gente, a nos fazer sorrir...

Alguém que ria de nossas piadas sem graça...
Que ache nossas tristezas as maiores do mundo...
Que nos teça elogios sem fim...
E que apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade
inquestionável...

Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado...
Alguém que nos possa dizer:

Acho que você está errado, mas estou do seu lado...

Ou alguém que apenas diga:

Sou seu amor! E estou Aqui!
William shakespeare
Eu aprendi...
...que ignorar os fatos não os altera;

Eu aprendi...
...que quando você planeja se nivelar com alguém, apenas esta permitindo que essa pessoa continue a magoar você;

Eu aprendi...
...que o AMOR, e não o TEMPO, é que cura todas as feridas;

Eu aprendi...
...que ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa;

Eu aprendi...
...que a vida é dura, mas eu sou mais ainda;

Eu aprendi...
...que as oportunidades nunca são perdidas; alguém vai aproveitar as que você perdeu.

Eu aprendi...
...que quando o ancoradouro se torna amargo a felicidade vai aportar em outro lugar;

Eu aprendi...
...que não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito;

Eu aprendi...
...que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você esta escalando-a;

Eu aprendi...
...que quanto menos tempo tenho, mais coisas consigo fazer.
(Boa noite , Amor )
William Shakespeare

E agora?!!

De um lado, o meu coração que acredita no meu anjo, na historia de Lyra
Do outro lado, minha mente que teima, em me dizer que tudo isso è loucura. A racionalidade está desistindo que mim.
E agora qual eu devo escolher?
Devo acreditar nas certezas de minha alma?  Ou devo me prender nas duvidas humanas?
Deixar-me levar pelas emoções?    Ou me prender á racionalidade?

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

"À noite o frio vem lembrar-me que eu enquanto humana feita de carne e desejo
Preciso do calor do teu corpo de homem, para em volver-me com teus fortes braços, e provar dos meus prazeres.
                                        
Tenho delírios orgásticos
Meu corpo suar,
Minha carne esquenta,
O ar escapa de meus lábios
Chaga á arder de tanto desejo..."

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

CAIPORISMO

Um dia caipora, baixinho, gordo e nu,
montou num caititu e foi pro mato afora
fazendo um sururu dos diabos.
E logo todos os bichos se amoitaram e só
saíram aos cohichos, aproveitando o pó
da noite que tecia seu manto de jaó.
Mas um velho goiano (seis mortes, por aí)
arrumou seu jirau sobre um pé de pequi
e ficou escuitando jaó e juriti.
Esperava veado e só então deu fé
naquilo que a seu lado parecia de pé
e tinha o corpo todo seco que nem sapé.
Quem não teme o diabo e arreliado está
sabe bem que no cabo de sua faca só há
sangue de coisa ruim, cheio de coisa má.
Com três golpes no umbigo matou o capiora.
Mas quando ia embora viu-se baixinho e nu
montando um caititu e indo pro mato afora
fazendo um sururu dos diabos.
                                                      Gilberto Mendonça Teles
 
PANDORA

Olha pra mim
presta atenção
responde agora

Qual é o sentimento
que nasce chorando
vive sorrindo, parindo

mas à noite se apavora?

E seja rápido e ardente
que o desejo me aflora
se demoras eu abro
lenta, e sadicamente
minha caixa de Pandora!

                            Claudia Gadini
A Ninfa
 
 
No bosque silencioso em que se inflama
O alto sol e onde as árvores em torno
Se condensam, formando implexa rama,
Passa um corpo de Ninfa, esbelto e morno.
É noite. Um luar de opala se derrama...
Nas clareiras, a Ninfa, — excelso adorno —,
Teme um Sátiro audaz, de olhar em chama,
Que persegue dos lagos no contorno.
Corre a Ninfa sutil no ermo do bosque
Através da intrincada ramaria,
Embora o mato às pernas se lhe enrosque,
Fugindo ao capro, célere recua:
— Do olhar mostrando a fulva pedraria
E o sereno esplendor da carne nua.
                                                                Carlyle Martins
 
MITOLÓGICA


Atena mulher, matizes de luz.
Efêmera ária de som inaudível.
Agreste perfume canção que seduz,
A alma imortal de amor impossível.
Plutão a reinar em solo profundo,
Frígida brisa do mar de Netuno.
Vulcano aquecendo a frieza do mundo;
Orfeu a cantar seu hino noturno.

Beleza de Apolo, silêncio cortante,
Sabor agridoce de uva esmagada;
Deleita Dionísio, sonho delirante,
Olhar de felina mirando a manada.
Ninfa dourada a cravar em meu peito,
Adaga gelada tal águas do Egeu,
Sereia do Nilo deitada no leito,
Tortura de Zeus ao Herói Prometeu.
                                   

de:   Luiz Ângelo Vilela Tannus

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

                                   SONHANDO COM O AMOR DE ORFEU
Andava por caminhos verdes, bonitos, suaves,
À sombra de tamareiras cheias de frutos e viço
Não sabia onde estava, nem o que eu fazia ali
Mas ouvia ao longe o choro fino de uma criança
Era o choro de um recém nascido, um neonato
Chegando ao mundo repleto de esperança
Alguém estava saltitante, contente e radiante
Cantava e sorria, muito feliz e triunfante
Era um belo homem, probo, faceiro e galante
Tocando sua lira, com um som estonteante
Entoava rimas, com felicidade e muito esmero
O épico, Ilíada e Odisséia, criada por Homero.
Eu estava na Grécia Antiga, onde nasceu a poesia
Num reduto natural, berço da Civilização Ocidental
Todas eram cantadas, acalentadas por ORFEU
Com aquele aparato, tocava musica limpa e original
Era um sonho sem igual, que nunca me ocorreu.
Orfeu era filho de Calíope e de Apolo, deus da música
Que presenteou seu filho com uma lira muito especial
Árvores se curvavam para pegar seus sons ao vento
Daquele regalo cheio de poderes, tão belo e singelo
Encantava pedras e animais com aquele instrumento.
Orfeu tinha um amor e com a ninfa Eurídice se casou
Aristeu um apicultor ciumento, a perseguiu... Um tormento!
Ao fugir, a ninfa caiu e morreu picada por serpentes
Para o reIno de Hades ela entrou e Orfeu se desesperou
Ceifado pela dor, tocava seus acordes descontentes.
O poeta da harmonia, resolveu resgatar sua amada
Entrou no mundo dos Mortos, com sua mágica
liraHades comovido, sua esposa querida lhe devolveu
Com a condição de que ele não olhasse para trás.
Mas Orfeu curioso, olhou, e Eurídice desapareceu.
Não, minha amada, tu és um fantasma, já se foi!
Desapontado com a humanidade vagou pelas selvas.
Mulheres violentas da Trácia, seguidoras de Dionísio
O mataram e jogaram sua cabeça cortada no Rio Hebrus,
E flutuou ainda cantando sôfrega: "Eurídice! Eurídice!".
As nove Musas choraram e o enterraram no Monte Olimpo
O espírito de Orfeu, em Hades, viu Eurídice, a sua amada
Feliz, tocou seu mágico e bendito instrumento com amor.
Finalmente, sem dor, para os braços de Eurídice ele voltou
Alegre e espantado com sua sorte, tocou suave, sem ira
E no Céu formou-se uma Constelação com o nome LIRA.
No berço da poesia, cercada por magia, estava eu
Ouvindo os acordes da lira e os versos de Orfeu
Li as Odisséias de Homero, suas lutas, sua história,
Sonhei com um amor que sonho fielmente possuir
E meus versos acanhados, um dia, narrarem o que vivi
*************
a poesia lírica, o estro, a inspiração, a arte poética nasceu
de um instrumento musical muito comum na Grécia antiga,
chamado LIRA...
        
Autora:   Meg Klopper



IA EU, NINFA, SEGUINDO...


Houve um tempo
Nos meus tempos
Em que eu,
Depois ninfa do Tejo
Era bancante e pairava
Além dos Montes Hermínios

Uma a tarde caminhava
Mal envolta em minha toga,
Presume-se que vermelha,
Por cima da erva tenra.

Aqui e ali colhia
Campainhas coloridas
Das que ainda ali nascem
Azuis, pendentes e brancas
E a meio do mês terceiro
Surgem outras, amarelas.

Pois ia eu sossegada
Na beleza de meus dias
O sol manhoso filtrava
Dentre os carvalhais centelhas
Doiradas, finas, esplendentes
Que se ondulavam nos fios
Dispersos de meus cabelos

De tudo tão distraída
Seguia, então como agora,
Saltitante vereda fora,
Por vezes fora da vereda,
De súbito oiço um clic
E um rasgo arrastar ligeiro!
Levo as mãos ambas ao seio
As flores dos dedos soltando,

Que ante meus olhos vislumbro
Um gentil rosto barbudo
Brilhantes olhos afoitos
E a beleza de seu torso
Mais luzente do que oiro...

No céu, disseram depois,
Que Zeus se rira bem alto
Daquele meu sobressalto
Defrontando o belo fauno.
Afrodite, divertida,
Serviu-lhe uma taça de ambrosia
E Minerva, de zangada,
Bole que bole com a agulha,
Tecia uma peúga
Não fosse o Eros menino
Apanhar um resfriado!


 Autora:  Maria Petronilho
Vestígios Divinos


       ***  (Na Serra de Marumbi) ***
 
 
Houve deuses aqui, se não me engano;
Novo Olimpo talvez aqui fulgia;
Zeus agastava-se, Afrodite ria,
Juno toda era orgulho e ciúme insano.
Nos arredores, na montanha ou plano,
Diana caçava, Actéon a perseguia.
Espalhados na bruta serrania,
Inda há uns restos da forja de Vulcano.
Por toda esta extensíssima campina
Andaram Faunos, Náiades e as Graças,
E em banquete se uniu a grei divina.
Os convivas pagãos ainda hoje os topas
Mudados em pinheiros, como taças,
No hurra festivo erguendo no ar as copas


Autor: Alberto de Oliveira
                        
 
O Pior dos Males

Baixando à Terra, o cofre em que guardados
Vinham os Males, indiscreta abria
Pandora. E eis deles desencadeados
À luz, o negro bando aparecia.
O Ódio, a Inveja, a Vingança, a Hipocrisia,
Todos os Vícios, todos os Pecados
Dali voaram. E desde aquele dia
Os homens se fizeram desgraçados.
Mas a Esperança, do maldito cofre
Deixara-se ficar presa no fundo,
Que é última a ficar na angústia humana...
Por que não voou também? Para quem sofre
Ela é o pior dos males que há no mundo,
Pois dentre os males é o que mais engana.
Autor:   Alberto de Oliveira

domingo, 11 de setembro de 2011

O coração quer
Queria tocar teu rosto e sentir sua pele macia...
No teu peito encostar a cabeça e sentir teu cheiro,
Sentir os dedos da tua mão entre os meus...
Saber se os teus braços se assemelham aos meus,
Ouvir sua voz sussurrar, no meu ouvido, falando dos teus sentimentos,
 Eu fecharia os olhos...
Queria conhecê-lo como mais ninguém, conhecer teu sabor...
Ouvi-lo falar dos seus sonhos...
Dançar contigo noites sem fim, e acabar entre abraços e beijos,
 Cumplicidade e desejo.
Algo me prende á você, de modo que não consigo entender...
De tal modo que consigo te ver á minha frente, á me olhar nos olhos...
Enquanto a sua mão se aproxima do meu rosto, e enxuga a lagrima que escorre até meus lábios.
A Loucura
A loucura, è um sonho
Que quem comanda è o coração
A loucura è um jogo
È só quem perde è a razão
A loucura è um caminho
È quem um segue è sem noção
A loucura, è o espelho
È seu reflexo è abstrato
A loucura è um céu estrelado
Que para esconder seu contraste...
Logo arrumou um disfarce.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Estou cansada....
 De fingir que está tudo bem                                                                          
            Quando não esta.
Estou cansada
De me iludir com o mundo de seres livres
Quando na verdade sou refém de suas mentiras.
De enganar as pessoas com um sorriso,
 Quando na verdade todo dói por dentro
 Não sei como minhas lágrimas ainda não se tornaram sangue
Pois a cicatriz do meu coração ainda jorra...
Estou cansada, de passar noites em claro
Tentando entender visões,
 E pesadelos
 Cansada de acorda no meio da noite,
 Gritando, com o coração apertado
Com a triste certeza do que vai acontecer,
Mas sem poder fazer nada para evitar.
Como podo em um mundo tão maravilhoso
 Existir tantas mentiras e dor?
A verdade è que quanto mais eu conheço este mundo
Mas tenho vontade de sair dele...
De: Lyra
Até os anjos choram quando estão tristes

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

E novamente a morte olhou em meus olhos, antes de colher mais uma flozinha do meu jardim,ela me olha como se pedisse permição,para colhe-la, e são minhas lágrimas q respondem...
  -eu deixo q ela vá,.. levia para um lugar seguro, calmo, como um abraço de mãe, levia em seu colo,  faça ela sorrir e diga, que neste mundo tem pessoas q a amam, e que vão sofrer muito com sua falta, mais que entendem, que sua missão já foi comprida, e que nunca vão esquecer dos nossos momentos...

E com um sorriso me disperço da minha flozinha e da morte, mais não como um "adeus" e sim como um... "Até logo"... pois sei que ainda nós veremos.